A disputa pelo controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Juventus, que sequer foi criada, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (16).
As concorrentes Total Player e AlmavivA decidiram unificar suas propostas para fazer frente ao consórcio formado por Reag Capital Holding e Contea Capital, que surgiu como favorita para assumir o negócio, numa disputa marcada pelo clima de guerra política que toma conta do clube.
A nova proposta conjunta apresentada pelo grupo italiano e a empresa dos irmãos Calucho e Paulo Jamelli prevê o pagamento de R$ 37,45 milhões ao Juventus, pela aquisição de 90% da futura SAF.
Esse valor representa a soma das quantias anteriormente oferecidas por Total Player e AlmavivA. O consórcio Contea/Reag, por sua vez, propôs-se a realizar um aporte de R$ 20 milhões.
As duas propostas que seguem na disputa projetam um investimento total de até R$ 500 milhões na SAF do Juventus.
No caso do grupo liderado por Reag e Contea, a apresentação feita no último sábado (14) informa um valor na casa dos R$ 470 milhões, que estaria atrelado, porém, ao desempenho do time dentro de campo.
Na medida em que ele conseguir subir de divisão e assim ampliar suas fontes de receitas (sobretudo com direitos comerciais e de mídia, além de premiações em dinheiro), a quantia investida anualmente também cresceria.
Um dado que chama a atenção, porém, é que no plano apresentado por Claudio Fiorito e Federico Pastorello, sócios da P&P Sport Management e representantes de Reag e Contea na reunião com os conselheiros, consta a participação do Juventus na Série D do Brasileirão já em 2026, fato que não irá se concretizar, já que no clube optou por não disputar a Copa Paulista deste ano, torneio que garante vaga na competição nacional.
A definição sobre essa disputa ocorrerá apenas nesta terça-feira (17), quando o Conselho Deliberativo votará se autoriza ou não a constituição da sociedade anônima. Se o “sim” vencer, a instituição ficará vinculada à proposta considerada mais viável, entre as duas concorrentes.
Conheça a nova proposta
A proposta de Total Player e AlmavivA prevê um aporte de R$ 37,45 milhões ao Juventus, dos quais R$ 25 milhões seriam pagos no ato da assinatura do contrato.
Outros R$ 6,45 milhões seriam destinados a benfeitorias no clube, ao longo de 24 meses, incluindo reforma do Estádio Conde Rodolfo Crespi, mais conhecido como Rua Javari, que manteria, porém, suas principais características atuais.
A proposta do grupo liderado por Reag e Contea também estipula intervenções no estádio, que passaria por uma reformulação completa, tendo sua capacidade ampliada para 15 mil lugares.
O projeto de AlmavivA e Total Player ainda reservará R$ 6 milhões para o aluguel do estádio, valor que poderá tanto ser pago em parcelas mensais de R$ 50 mil ou antecipado, caso o clube deseje.
A proposta unificada do grupo também prevê R$ 10 milhões em investimentos no centro de treinamento da equipe, até 2030. As categorias de base receberiam repasses de R$ 8 milhões, no mesmo período.
AlmavivA e Total Player afirmam que o Juventus passaria a ter a maior folha salarial nas competições que vier a participar, até chegar à Série B do Brasileirão.
Na A1 do Paulistão, a promessa é de que a folha de pagamento do Juventus seja superior às dos concorrentes, exceto Corinthians, Palmeiras, Red Bull Bragantino e São Paulo.
O grupo se dispõe ainda a pagar multa de R$ 10 milhões, caso o Juventus não seja promovido às Séries A1 do Paulistão ou D do Brasileirão em até três temporadas completas.
As duas empresas pretendem destinar R$ 100 mil ao ano para projetos culturais na Mooca e incluíram na proposta uma cláusula em que se comprometem a devolver ao clube associativo do Juventus a toda a diferença positiva obtida em uma eventual venda futura da SAF.
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