A Outfield Ventures, gestora especializada em investimentos no esporte e no entretenimento, divulgou que já foram arrecadados R$ 100 milhões do FIDC Futebol, fundo lançado no mês passado para antecipar os recebíveis de clubes de futebol. A iniciativa busca aproveitar o momento de profissionalização do setor no país, com a criação de SAFs, além do movimento pela criação de uma liga no Brasil.
O fundo conseguiu captar, em sua grande maioria, investidores corporativos, como Itaú Asset, Strata e Portofino. O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) já nasceu com capacidade de operar R$ 50 milhões junto a clubes interessados em reorganizar seus passivos financeiros, antecipando receitas de direitos de transmissão, patrocínio, venda de atletas, bilheteria e sócio-torcedor. As operações possuem ticket médio de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões.
Por causa do legado de más gestões financeiras do passado e endividamento, muitos clubes têm pouco acesso a empréstimos e financiamentos. Segundo a instituição financeira, o fundo foi idealizado justamente para facilitar o acesso dos clubes ao capital, oferecendo agilidade na análise do crédito.
“A gestora desenvolveu uma metodologia proprietária de análise para clubes de futebol, criando um rating por sacado, cedente e por operação, o que permite uma assertividade maior no momento de precificar as operações e mensurar o risco de crédito”, afirma a Outfield.
Dívidas
O lançamento do FIDC acontece no mesmo momento em que o endividamentos dos principais clubes brasileiros atingiu o patamar de R$ 11 bilhões, segundo o Relatório Convocados 2024.
“Estamos conectando o mercado financeiro tradicional com as novas necessidades do futebol brasileiro, trazendo soluções modernas, sustentáveis e adaptadas m realidade dos clubes”, diz Felipe Araújo, sócio da OutField.
“Queremos aproximar cada vez mais o futebol da Faria Lima e esse novo fundo é a oportunidade de mostrar que o futebol é um investimento atrativo para o mercado”, acrescenta o executivo.
A Outfield foi responsável pelo FIDC SPFC, que captou R$ 200 milhões para reestruturar financeiramente o São Paulo, e o FIDC OutField, voltado para aquisição de dívidas high yeld de clubes, que já captou R$ 50 milhões. Esses títulos de dívida são considerados investimentos de alto risco, mas podem render retorno financeiro acima da média do mercado.
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