A Fifa gastou mais de US$ 50 milhões em ações de marketing para impulsionar a venda de ingressos para a Copa do Mundo de Clubes, que está sendo disputada nos EUA. A informação é do site The Athletic. O torneio, com 32 equipes, começou no último sábado (14).
O torneio é a aposta de Gianni Infantino, presidente da Fifa, para estabelecer uma competição mundial de clubes reconhecida globalmente para gerar novas receitas e expandir a influência da federação de futebol.
O foco da campanha da Fifa para aumentar a comercialização de entradas para os jogos foi campanhas nas redes sociais, com promoção de postagens, uso de influenciadores digitais e ações no Instagram.
Outro gasto teria sido em painéis publicitários em diversas rodovias dos EUA, próximas às cidades-sedes dos jogos.
Às vésperas da estreia do Mundial, havia o temor de que a partida de abertura, entre Inter Miami e Al Ahly, no Hard Rock Stadium, em Miami, com capacidade para 64.767 torcedores, tivesse trechos da arquibancada vazios. Por isso, o preço dos bilhetes baixou para um sexto do valor original, que era de US$ 349.
No final, a combinação de preços reduzidos e a oferta de ingressos de cortesia da Fifa contribuíram para que 60.927 pessoas assistissem à partida, que terminou num frustrante 0 a 0.
Variações
Desde então, o público na fase de grupos tem sido variado. A goleada do Bayern de Munique por 10 a 0 sobre o Auckland City, time amador da Nova Zelândia, foi assistida por 21.152 pessoas no Estádio TQL, em Cincinnati (Ohio), com capacidade para 26.000 pessoas.
Já a vitória do PSG sobre o Atlético de Madrid, atraiu 80.619 torcedores ao estádio Rose Bowl, em Pasadena, com capacidade para 89.702. O time parisiense chegou aos EUA badalado pela conquista do título inédito da Champions League, obtido no mês passado, após golear a Inter de Milão por 5 a 0 na final, em Munique.
Enquanto isso, Palmeiras x Porto contou com a presença de 46.275 torcedores no MetLife Stadium, em Nova Jersey, com capacidade para 82.500 pessoas. A vitória do Botafogo sobre o Seattle Sounders, por sua vez, contou com público de 30.151 pessoas no estádio Lumen Field, em Seattle, com capacidade para 68.740.
Apesar dos assentos vazios nas duas últimas partidas, o público foi razoável para um torneio renovado. Mas o fiasco maior da Fifa até aqui foi na vitória do Chelsea sobre o Los Angeles FC, por 2 a 0. O público registrado no Estádio Mercedes-Benz, em Atlanta, com capacidade para 71.000 pessoas, foi de 22.137 (apenas 31,2% da capacidade da arena). O ingresso mais barato para o jogo saía por US$ 52, valor baixo para o padrão norte-americano.
Apesar desses perdes e ganhos, a Fifa acredita que a competição ainda irá ganhar popularidade e prevê que as vendas de ingressos aumentem à medida que o torneio avance.
Infantino declarou, em abril, que não estava preocupado com estádios vazios.
“Quando vejo estádios nos EUA lotando quando times vêm para jogar amistosos, não fico preocupado em lotar um estádio quando os times vêm para jogar a Copa do Mundo, para jogar por algo real”, comparou o dirigente.
O post Fifa gasta mais de US$ 50 milhões para vender ingressos na Copa do Mundo de Clubes apareceu primeiro em Máquina do Esporte.
