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Conselho Fiscal do Corinthians reanalisará contas de 2023 e 2024

by Agência Hotz

O Conselho Fiscal (CF) do Corinthians se prontificou a reanalisar as contas do clube referentes a 2023 e 2024. A condição para que isso ocorra é que tais balanços sejam enviados no mesmo padrão com o qual o clube elaborava esse documento anteriormente.

Segundo a Máquina do Esporte apurou, na última quinta-feira (15), Luiz Ricardo Alves, o Seedorf, gerente financeiro do Corinthians, encaminhou um documento a respeito do tema, solicitando a possibilidade de reapresentar o balanço, que inicialmente havia sido reprovado nas diversas instâncias do clube.

Nesta terça-feira (20), houve uma reunião do CF, que decidiu por unanimidade reexaminar as contas. O Conselho Fiscal também pediu que os novos documentos comprovem uma suposta alteração nas despesas entre os balanços financeiros de 2023 e 2024.

A nova documentação também deve ser encaminhada ao Conselho de Orientação (Cori) e ao Conselho Deliberativo, órgãos que haviam reprovado as contas do primeiro ano da gestão do presidente Augusto Melo, que corria o risco de impeachment.

Segundo membros da diretoria corintiana, o trabalho de examinar novamente as contas, para ver se de fato houve irregularidades ou gestão temerária no Corinthians, será um processo longo e exaustivo.

Na terça-feira (20), o Departamento Financeiro do Corinthians emitiu uma nota técnica dizendo que o aumento real da dívida do clube não havia sido de R$ 829 milhões, como divulgado pelo Cori anteriormente, mas de R$ 88,6 milhões.

Reprovações

No mês passado, o Cori fez uma recomendação para que as contas de Augusto Melo fossem reprovadas, no que foi acompanhado, posteriormente, pelo Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo. À ocasião, foi divulgada uma dívida total, incluindo os débitos com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena, de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o Departamento Financeiro, o boom de endividamento na verdade havia sido um erro contábil, já que parte do montante dos débitos divulgados seria referente a dívidas que não haviam sido registradas nos balanços anteriores.

Esse trunfo pode ser a válvula de escape para que Melo consiga reverter o processo de impeachment. Até a Gaviões da Fiel, que vinha apoiando o dirigente, já havia divulgado que não se oporia à proposta de destituição do atual presidente.

Melo ascendeu ao poder ao ganhar a eleição no Corinthians no final de 2024, sucedendo Duilio Monteiro Alves, do grupo político Renovação & Transparência, que comandava o Corinthians desde 2007.

Recuperação financeira

Em uma live no YouTube, realizada na última segunda-feira (19), Melo e o diretor financeiro Alexandre Germano defenderam a atual gestão dizendo que em 2024 o clube faturou R$ 1,115 bilhão, ou R$ 178,2 milhões a mais do que no ano anterior. O montante representou um aumento de 19% nesse quesito.

Por outro lado, ao conseguir aprovar o Regime Centralizado de Execuções, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Corinthians ganhou um respiro para equacionar essas despesas. Anteriormente, teria que pagar R$ 372,4 milhões nos próximos três anos em débitos da área cível.

Com o novo regime, gerido por um administrador judicial, o Timão ganhou fôlego financeiro para realizar pagamentos escalonados em até oito anos, sem correr risco de sofrer bloqueios judiciais em suas contas.

O clube também conseguiu diminuir esse montante para R$ 154,8 milhões, dando garantia aos credores de que o clube honrará esses compromissos sem atraso ao longo desse período.

Por outro lado, o clube também conseguiu, em abril, na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), a aprovação de um plano de pagamento de dívidas com jogadores e outros clubes. Esses débitos somam atualmente R$ 76,8 milhões.

Os pagamentos estão diluídos ao longo de sete anos. Anteriormente, o Corinthians teria apenas dois anos para quitar todos esses débitos. Esse plano de pagamento prevê que o Timão seja punido com a proibição de registrar novos jogadores caso atrase alguma parcela aos seus credores.

Com as negociações, a diretoria do Corinthians divulgou que o clube ganhou um desconto de R$ 129 milhões para suas dívidas na área cível e R$ 19 milhões com o plano coletivo na CNRD.

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